segunda-feira, 7 de novembro de 2016

PORTUGUÊS 8° ANO: Exercícios Sobre Figuras De Linguagem



As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um recurso linguístico para expressar experiências comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade ou poeticidade ao discurso.
As figuras revelam muito da sensibilidade de quem as produz, traduzindo particularidades estilísticas do autor. A palavra empregada em sentido figurado, não-denotativo, passa a pertencer a outro campo de significação, mais amplo e criativo.
As figuras de linguagem classificam-se em:
1) figuras de palavra;
2) figuras de harmonia;
3) figuras de pensamento;
4) figuras de construção ou sintaxe.
1) FIGURAS DE PALAVRA
As figuras de palavra são figuras de linguagem que consistem no emprego de um termo com sentido diferente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na comunicação.
Figuras de linguagemSão figuras de palavras:
             a) comparação       e) catacrese
             b) metáfora             f) sinestesia
             c) metonímia          g) antonomásia
             d) sinédoque          h) alegoria
Comparação: Ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por conectivos comparativos explícitos – feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem – e alguns verbos – parecer, assemelhar-se e outros.
Exemplos: “Amou daquela vez como se fosse máquina.
Beijou sua mulher 
como se fosse lógico.
Metáfora: Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido.
Exemplo: “Supondo o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair pérolas, que é a razão.”
Metonímia: Ocorre metonímia quando há substituição de uma palavra por outra, havendo entre ambas algum grau de semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação mútua. Tal substituição fundamenta-se numa relação objetiva, real, realizando-se de inúmeros modos:
           http://www.coladaweb.com/wp-content/uploads/confirmado.gif a causa pelo efeito e vice-versa:
“E assim o operário ia
            Com suor e com cimento 2
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento.”
            2 Com trabalho.
          http://www.coladaweb.com/wp-content/uploads/confirmado.gif o lugar de origem ou de produção pelo produto:
Comprei uma garrafa do legítimo 
porto 3.
3 O vinho da cidade do Porto.
           http://www.coladaweb.com/wp-content/uploads/confirmado.gif o autor pela obra:
Ela parecia ler 
Jorge Amado 4.
4 
A obra de Jorge Amado.
           http://www.coladaweb.com/wp-content/uploads/confirmado.gif o abstrato pelo concreto e vice-versa:
Não devemos contar com o seu 
coração 5.
               5 Sentimento, sensibilidade.
Sinédoque: Ocorre sinédoque quando há substituição de um termo por outro, havendo ampliação ou redução do sentido usual da palavra numa relação quantitativa. Encontramos sinédoque nos seguintes casos:
http://www.coladaweb.com/wp-content/uploads/confirmado.gif o todo pela parte e vice-versa:
A cidade inteira 1 viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos 2 de seu cavalo.”
1 O povo.       2 Parte das patas.
http://www.coladaweb.com/wp-content/uploads/confirmado.gif o singular pelo plural e vice-versa:
O paulista 3 é tímido; o carioca 4, atrevido.
3 Todos os paulistas.  4 Todos os cariocas.
http://www.coladaweb.com/wp-content/uploads/confirmado.gif o indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum):
Para os artistas ele foi um
 mecenas 5.
5 Protetor.
Modernamente, a metonímia engloba a sinédoque.
Catacrese: A catacrese é um tipo de especial de metáfora, “é uma espécie de metáfora desgastada, em que já não se sente nenhum vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. É a metáfora tornada hábito lingüístico, já fora do âmbito estilístico.”  (Othon M. Garcia)
Exemplosfolhas de livro, pele de tomate, dente de alho, montar em burro, céu da boca, cabeça de prego, mão de direção, ventre da terra, asa da xícara, sacar dinheiro no banco.
Sinestesia: A sinestesia consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão. Essas sensações podem ser físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas (subjetivas).
Exemplo: “A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de uma casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e úmida, macia [sensações táteis], quase irreal.”   (Augusto Meyer)
Antonomásia: Ocorre antonomásia quando designamos uma pessoa por uma qualidade, característica ou fato que a distingue.
Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto (descritivo, especificativo etc.) do nome próprio.
Exemplos:
“E ao 
rabi simples1, que a igualdade prega,
Rasga e enlameia a túnica inconsútil;
 1 Cristo
Pelé (= Edson Arantes do Nascimento)
O poeta dos escravos (= Castro Alves)
O Dante Negro (= Cruz e Souza)
O Corso (= Napoleão) 


Alegoria: A alegoria é uma acumulação de metáforas referindo-se ao mesmo objeto; é uma figura poética que consiste em expressar uma situação global por meio de outra que a evoque e intensifique o seu significado. Na alegoria, todas as palavras estão transladadas para um plano que não lhes é comum e oferecem dois sentidos completos e perfeitos – um referencial e outro metafórico.
Exemplo: “A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a orquestra é excelente… (Machado de Assis)
2) FIGURAS DE HARMONIA
Chamam-se figuras de som ou de harmonia os efeitos produzidos na linguagem quando há repetição de sons ou, ainda, quando se procura “imitar”sons produzidos por coisas ou seres.
As figuras de linguagem de harmonia ou de som são:
            a) aliteração               c) assonância
            b) paronomásia           d) onomatopéia
Aliteração: Ocorre aliteração quando há repetição da mesma consoante ou de consoantes similares, geralmente em posição inicial da palavra.
Exemplo: “Toda gente homenageia Januária na janela.”
Assonância: Ocorre assonância quando há repetição da mesma vogal ao longo de um verso ou poema.
Exemplo: “Sou Ana, da cama
da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam.”
Paronomásia: Ocorre paronomásia quando há reprodução de sons semelhantes em palavras de significados diferentes.
Exemplo: “Berro pelo aterro pelo desterro
berro por seu berro pelo seu erro
quero que você ganhe que você me apanhe
sou o seu bez
erro gritando mamãe.”
Onomatopéia: Ocorre quando uma palavra ou conjunto de palavras imita um ruído ou som.
Exemplo: “O silêncio fresco despenca das árvores.
Veio de longe, das planícies altas,
Dos cerrados onde o guaxe passe rápido…
Vvvvvvvv… passou.”
3) FIGURAS DE PENSAMENTO
As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se referem ao significado das palavras, ao seu aspecto semântico.
São figuras de linguagem de pensamento:
            a) antítese         d) apóstrofe      g) paradoxo
            b) eufemismo    e) gradação       h) hipérbole
            c) ironia             f) prosopopéia   i) perífrase
Antítese: Ocorre antítese quando há aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos.
Exemplo: “Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nos bemOutros nos almejam o bem, e nos trazem o mal.” (Rui Barbosa)
Apóstrofe: Ocorre apóstrofe quando há invocação de uma pessoa ou algo, real ou imaginário, que pode estar presente ou ausente. Corresponde ao vocativo na análise sintática e é utilizada para dar ênfase à expressão.
Exemplo: “Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?” (Castro Alves)
Paradoxo: Ocorre paradoxo não apenas na aproximação de palavras de sentido oposto, mas também na de idéias que se contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade enunciada com aparência de mentira. Oxímoro (ou oximoron) é outra designação para paradoxo.
Exemplo: “Amor é fogo que arde sem se ver;
É 
ferida que dói e não se sente;
                É um contentamento descontente;
                É dor que desatina sem doer;” (Camões)
Eufemismo: Ocorre eufemismo quando uma palavra ou expressão é empregada para atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável ou chocante.
Exemplo: “E pela paz derradeira1 que enfim vai nos redimir Deus lhe pague” (Chico Buarque)
           1 paz derradeira: morte
Gradação: Ocorre gradação quando há uma seqüência de palavras que intensificam uma mesma idéia.
Exemplo: “Aqui… além… mais longe por onde eu movo o passo.” (Castro Alves)
Hipérbole: Ocorre hipérbole quando há exagero de uma idéia, a fim de proporcionar uma imagem emocionante e de impacto.
Exemplo: “Rios te correrão dos olhos, se chorares!” (Olavo Bilac)
Ironia:  Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos, sugere-se o contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica.
Exemplo: “Moça linda, bem tratada,
três séculos de família,
burra como uma porta:
um amor.” (Mário de Andrade)
Prosopopéia:  Ocorre prosopopéia (ou animização ou personificação) quando se atribui movimento, ação, fala, sentimento, enfim, caracteres próprios de seres animados a seres inanimados ou imaginários.
Também a atribuição de características humanas a seres animados constitui prosopopéia o que é comum nas fábulas e nos apólogos, como este exemplo de Mário de Quintana: “O peixinho (…) silencioso e levemente melancólico…”
Exemplos: “… os rios vão carregando as queixas do caminho.” (Raul Bopp)
Um frio inteligente (…) percorria o jardim…”  (Clarice Lispector)
Perífrase: Ocorre perífrase quando se cria um torneio de palavras para expressar algum objeto, acidente geográfico ou situação que não se quer nomear.
Exemplo: “Cidade maravilhosa
                 Cheia de encantos mil
           Cidade maravilhosa
                Coração do meu Brasil.” (André Filho)
4) FIGURAS DE SINTAXE
As figuras de sintaxe ou de construção dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões.
Elas podem ser construídas por:
a) omissão: assíndeto, elipse e zeugma;
b) 
repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
c) 
inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
d) 
ruptura: anacoluto;
e) 
concordância ideológica: silepse.
Portanto, são figuras de linguagem de construção ou sintaxe:
             a) assíndeto        e) elipse            i) zeugma
             b) anáfora            f) pleonasmo     j) polissíndeto
             c) anástrofe         g) hiperbato       l) sínquise
            d) hipálage          h) anacoluto     m) silepse
Assíndeto: Ocorre assíndeto quando orações ou palavras deveriam vir ligadas por conjunções coordenativas, aparecem justapostas ou separadas por vírgulas.
Exigem do leitor atenção maior no exame de cada fato, por exigência das pausas rítmicas (vírgulas).
Exemplo: “Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se.” (Machado de Assis)
Elipse: Ocorre elipse quando omitimos um termo ou oração que facilmente podemos identificar ou subentender no contexto. Pode ocorrer na supressão de pronomes, conjunções, preposições ou verbos. É um poderoso recurso de concisão e dinamismo.
Exemplo: “Veio sem pinturas, em vestido leve, sandálias coloridas.” 
1
 Elipse do pronome ela (Ela veio) e da preposição de (de sandálias…)
Zeugma: Ocorre zeugma quando um termo já expresso na frase é suprimido, ficando subentendida sua repetição.
Exemplo: “Foi saqueada a vida, e assassinados os partidários dos Felipes.” 1
              1 Zeugma do verbo: “e foram assassinados…”
Anáfora: Ocorre anáfora quando há repetição intencional de palavras no início de um período, frase ou verso.
Exemplo: “Depois o areal extenso…
                Depois o oceano de pó…
                Depois no horizonte imenso
Desertos… desertos só…” (Castro Alves)
Pleonasmo: Ocorre pleonasmo quando há repetição da mesma ideia, isto é, redundância de significado.
a) Pleonasmo literário: É o uso de palavras redundantes para reforçar uma ideia, tanto do ponto de vista semântico quanto do ponto de vista sintático. Usado como um recurso estilístico, enriquece a expressão, dando ênfase à mensagem.
Exemplo: “Iam vinte anos desde aquele dia
Quando 
com os olhos eu quis ver de perto
Quando em visão com os da saudade via.” (Alberto de Oliveira)
“Ó mar salgado, quando do teu sal
São lágrimas de Portugal” (Fernando Pessoa)
b) Pleonasmo vicioso: É o desdobramento de ideias que já estavam implícitas em palavras anteriormente expressas. Pleonasmos viciosos devem ser evitados, pois não têm valor de reforço de uma idéia, sendo apenas fruto do descobrimento do sentido real das palavras.
Exemplos: subir para cima, entrar para dentro, repetir de novo, ouvir com os ouvidos, hemorragia de sangue, monopólio exclusivo, breve alocução, principal protagonista
Polissíndeto: Ocorre polissíndeto quando há repetição enfática de uma conjunção coordenativa mais vezes do que exige a norma gramatical ( geralmente a conjunção e). É um recurso que sugere movimentos ininterruptos ou vertiginosos.
Exemplo: “Vão chegando as burguesinhas pobres,
e as criadas das burguesinhas ricas
e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza.” (Manuel Bandeira)
Anástrofe: Ocorre anástrofe quando há uma simples inversão de palavras vizinhas (determinante / determinado).
Exemplo: “Tão leve estou 1 que nem sombra tenho.” (Mário Quintana)
1 Estou tão leve…
Hipérbato: Ocorre hipérbato quando há uma inversão completa de membros da frase.
Exemplo: “Passeiam à tarde, as belas na Avenida. ” 1 (Carlos Drummond de Andrade)
1 As belas passeiam na Avenida à tarde.
Sínquise: Ocorre sínquise quando há uma inversão violenta de distantes partes da frase. É um hipérbato exagerado.
Exemplo: “A grita se alevanta ao Céu, da gente. ” 1  (Camões)
1 A grita da gente se alevanta ao Céu.
Hipálage: Ocorre hipálage quando há inversão da posição do adjetivo: uma qualidade que pertence a uma objeto é atribuída a outro, na mesma frase.
Exemplo: “… as lojas loquazes dos barbeiros.” 2 (Eça de Queiros)
2 … as lojas dos barbeiros loquazes.
Anacoluto: Ocorre anacoluto quando há interrupção do plano sintático com que se inicia a frase, alterando-lhe a seqüência lógica. A construção do período deixa um ou mais termos – que não apresentam função sintática definida – desprendidos dos demais, geralmente depois de uma pausa sensível.
Exemplo: “Essas empregadas de hoje, não se pode confiar nelas.” (Alcântara Machado)
Silepse: Ocorre silepse quando a concordância não é feita com as palavras, mas com a ideia a elas associada.
a) Silepse de gênero: Ocorre quando há discordância entre os gêneros gramaticais (feminino ou masculino).
Exemplo: “Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito.” (Guimarães Rosa)
b) Silepse de número: Ocorre quando há discordância envolvendo o número gramatical (singular ou plural).
Exemplo: Corria gente de todos lados, e gritavam.” (Mário Barreto)
c) Silepse de pessoa: Ocorre quando há discordância entre o sujeito expresso e a pessoa verbal: o sujeito que fala ou escreve se inclui no sujeito enunciado.
Exemplo: “Na noite seguinte estávamos reunidas algumas pessoas.” (Machado de Assis)
Por: Renan Bardine
ATIVIDADE 1
Questão 1
Eu nasci há dez mil anos atrás
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais
(...)
Eu vi a arca de Noé cruzar os mares
Vi Salomão cantar seus salmos pelos ares
Eu vi Zumbi fugir com os negros prá ?oresta
Pro Quilombo dos Palmares, eu vi
(...)
Eu fui testemunha do amor de Rapunzel
Eu vi a estrela de Davi brilhar no céu
E pr’aquele que provar que eu tô mentindo
Eu tiro o meu chapéu.
(Eu nasci há dez mil anos atrás, Paulo Coelho e Raul Seixas. LP, Há dez mil anos atrás, Philips, 1976)
É possível observar, no trecho sublinhado, a seguinte figura de linguagem:
a) Metonímia.
b) Hipérbole.
c) Catacrese.
d) Ironia.
e) Sinestesia.
Questão 2
(UFPE)
DESCOBERTA DA LITERATURA
No dia-a-dia do engenho/ toda a semana, durante/
cochichavam-me em segredo: / saiu um novo romance./
E da feira do domingo/ me traziam conspirantes/
para que os lesse e explicasse/ um romance de barbante./
Sentados na roda morta/ de um carro de boi, sem jante,/
ouviam o folheto guenzo, / o seu leitor semelhante,/
com as peripécias de espanto/ preditas pelos feirantes./
Embora as coisas contadas/ e todo o mirabolante,/
em nada ou pouco variassem/ nos crimes, no amor, nos lances,/
e soassem como sabidas/ de outros folhetos migrantes,/
a tensão era tão densa,/ subia tão alarmante,/
que o leitor que lia aquilo/ como puro alto-falante,/
e, sem querer, imantara/ todos ali, circunstantes,/
receava que confundissem/ o de perto com o distante,/
o ali com o espaço mágico,/ seu franzino com gigante,/
e que o acabasse tomando/ pelo autor imaginante/
ou tivesse que afrontar/ as brabezas do brigante./ (…)
João Cabral de Melo Neto
Sobre as figuras de linguagem usadas no texto, relacione as duas colunas abaixo:
1ª COLUNA
(1) Romance de barbante
(2) Roda morta; folheto guenzo
(3) Como puro alto-falante
(4) Perto/distante/mágico/Franzino/gigante
(5) Cochichavam-me em segredo
2ª COLUNA
( ) Pleonasmo
( ) Metáfora
( ) Comparação
( ) Metonímia
( ) Antítese
A ordem correta é:
a) 1, 2, 3, 4, 5
b) 5, 2, 3, 1, 4
c) 3, 1, 4, 5, 2
d) 2, 1, 3, 4, 5
e) 2, 4, 5, 3, 1
uestão 3
 Leia a tirinha de “Calvin e Haroldo”, de Bill Watterson:
As figuras de linguagem são importantes recursos expressivos da linguagem oral e escrita. Calvin e Haroldo de Bill Watterson
As figuras de linguagem são importantes recursos expressivos da linguagem oral e escrita. Calvin e Haroldo de Bill Watterso
Qual figura de linguagem está presente na fala do garoto?
a) Antítese.
b) Prosopopeia.
c) Pleonasmo.
d) Anacoluto.
e) Ironia.
Questão 4
(ANHEMBI)
“A novidade veio dar à praia
na qualidade rara de sereia
metade um busto de uma deusa maia
metade um grande rabo de baleia
a novidade era o máximo
do paradoxo estendido na areia
alguns a desejar seus beijos de deusa
outros a desejar seu rabo pra ceia
oh, mundo tão desigual
tudo tão desigual
de um lado este carnaval
do outro a fome total
e a novidade que seria um sonho
milagre risonho da sereia
virava um pesadelo tão medonho
ali naquela praia, ali na areia
a novidade era a guerra
entre o feliz poeta e o esfomeado
estraçalhando uma sereia bonita
despedaçando o sonho pra cada lado”
(Gilberto Gil – A Novidade)
Assinale a alternativa que ilustra a figura de linguagem destacada no texto:
a) “A novidade veio dar à praia/na qualidade rara de sereia”
b) “A novidade que seria um sonho/o milagre risonho da sereia/virava um pesadelo tão medonho”
c) “A novidade era a guerra/entre o feliz poeta e o esfomeado”
d) “Metade o busto de uma deusa maia/metade um grande rabo de baleia”
e) “A novidade era o máximo/do paradoxo estendido na areia”
Figuras de Linguagem – Exercícios
ATIVIDADE 2
01. (VUNESP) No trecho: “…dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo”, a figura de linguagem presente é chamada:
a) metáfora
b) hipérbole
c) hipérbato
d) anáfora
e) antítese
02. (PUC – SP) Nos trechos: “O pavão é um arco-íris de plumas” e “…de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira…” enquanto procedimento estilístico, temos, respectivamente:
a) metáfora e polissíndeto;
b) comparação e repetição;
c) metonímia e aliteração;
d) hipérbole e metáfora;
e) anáfora e metáfora.
03. (PUC – SP) Nos trechos: “…nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major” e “…o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja” encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:
a) prosopopéia e hipérbole;
b) hipérbole e metonímia;
c) perífrase e hipérbole;
d) metonímia e eufemismo;
e) metonímia e prosopopéia.
04. (VUNESP) Na frase: “O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô”, encontramos a
figura de linguagem chamada:
a) silepse de pessoa
b) elipse
c) anacoluto
d) hipérbole
e) silepse de número
05. (ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras?
a) “Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono.” (eufemismo)
b) “A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. (prosopopéia)
c) Já não são tão freqüentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número)
d) “E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua…” (aliteração)
e) “Oh sonora audição colorida do aroma.” (sinestesia)
06. (UM – SP) Indique a alternativa em que haja uma concordância realizada por silepse:
a) Os irmãos de Teresa, os pais de Júlio e nós, habitantes desta pacata região, precisaremos de muita força para sobreviver.
b) Poderão existir inúmeros problemas conosco devido às opiniões dadas neste relatório.
c) Os adultos somos bem mais prudentes que os jovens no combate às dificuldades.
d) Dar-lhe-emos novas oportunidades de trabalho para que você obtenha resultados mais satisfatórios.
e) Haveremos de conseguir os medicamentos necessários para a cura desse vírusinsubordinável a qualquer tratamento.
07. (FEI) Assinalar a alternativa correta, correspondente à figuras de linguagem, presentes nos fragmentos abaixo:
I.   “Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste.”
II.  “A moral legisla para o homem; o direito para o cidadão.”
III. “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam.”
IV. “Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, pára, ergues a mão em viseira, firma os olhos.”
a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo;
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto;
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato;
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo;
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma.
08. (FEBA – SP) Assinale a alternativa em que ocorre aliteração:
a) “Água de fonte ………. água de oceano …………. água de pranto. (Manuel Bandeira)
b) “A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia.” (Chico Buarque)
c) “Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então.” (Clarice Lispector)
d) “Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor.” (Mário Quintana)
e) N.d.a.
09. (CESGRANRIO) Na frase “O fio da idéia cresceu, engrossou e partiu-se” ocorre processo de gradação. Não há gradação em:
a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.
10. (FATEC) “Seus óculos eram imperiosos.” Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima:
a) “As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes.”
b) “Nasci na sala do 3° ano.”
c) “O bonde passa cheio de pernas.”
d) “O meu amor, paralisado, pula.”
e) “Não serei o poeta de um mundo caduco.”
Respostas:
01. E
02. A
03. E
04. E
05. C
06. C
07. B
08. B
09. E
10.C
Figuras de Linguagem 

ATIVIDADE 3
01. (VUNESP) No trecho: “…dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo”, a figura de linguagem presente é chamada:

a) metáfora
b) hipérbole
c) hipérbato
d) anáfora
e) antítese

02. (PUC – SP) Nos trechos: “O pavão é um arco-íris de plumas” e “…de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira…” enquanto procedimento estilístico, temos, respectivamente:

a) metáfora e polissíndeto;
b) comparação e repetição;
c) metonímia e aliteração;
d) hipérbole e metáfora;
e) anáfora e metáfora.

03. (PUC – SP) Nos trechos: “…nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major” e “…o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja” encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:

a) prosopopéia e hipérbole;
b) hipérbole e metonímia;
c) perífrase e hipérbole;
d) metonímia e eufemismo;
e) metonímia e prosopopéia.

04. (VUNESP) Na frase: “O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô”, encontramos a
figura de linguagem chamada:

a) silepse de pessoa
b) elipse
c) anacoluto
d) hipérbole
e) silepse de número

05. (ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras?

a) “Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono.” (eufemismo)
b) “A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. (prosopopéia)
c) Já não são tão freqüentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número)
d) “E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua…” (aliteração)
e) “Oh sonora audição colorida do aroma.” (sinestesia)

06. (UM – SP) Indique a alternativa em que haja uma concordância realizada por silepse:

a) Os irmãos de Teresa, os pais de Júlio e nós, habitantes desta pacata região, precisaremos de muita força para sobreviver.
b) Poderão existir inúmeros problemas conosco devido às opiniões dadas neste relatório.
c) Os adultos somos bem mais prudentes que os jovens no combate às dificuldades.
d) Dar-lhe-emos novas oportunidades de trabalho para que você obtenha resultados mais satisfatórios.
e) Haveremos de conseguir os medicamentos necessários para a cura desse vírus insubordinável a qualquer tratamento.

07. (FEI) Assinalar a alternativa correta, correspondente à figuras de linguagem, presentes nos fragmentos abaixo:

I.   “Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste.”

II.  “A moral legisla para o homem; o direito para o cidadão.”

III. “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam.”

IV. “Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, pára, ergues a mão em viseira, firma os olhos.”

a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo;
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto;
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato;
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo;
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma.

08. (FEBA – SP) Assinale a alternativa em que ocorre aliteração:

a) “Água de fonte ………. água de oceano …………. água de pranto. (Manuel Bandeira)
b) “A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia.” (Chico Buarque)
c) “Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então.” (Clarice Lispector)
d) “Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor.” (Mário Quintana)
e) N.d.a.

09. (CESGRANRIO) Na frase “O fio da idéia cresceu, engrossou e partiu-se” ocorre processo de gradação. Não há gradação em:

a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.

10. (FATEC) “Seus óculos eram imperiosos.” Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima:

a) “As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes.”
b) “Nasci na sala do 3° ano.”
c) “O bonde passa cheio de pernas.”
d) “O meu amor, paralisado, pula.”
e) “Não serei o poeta de um mundo caduco.”


11. Em cada um dos períodos abaixo ocorre uma silepse. Marque a alternativa que classifica corretamente cada uma delas.

“Está uma pessoa ouvindo missa, meia-hora o cansa e atormenta e faz romper em murmurações”.
“E todos assim nos distraímos nesses preparativos”. (Aníbal Machado)
“A multidão vai subindo, subiram, subiram mais”. (Murilo Mendes)
A) silepse de gênero, silepse de número, silepse de número.
B) silepse de pessoa, silepse de número, silepse de pessoa.
C) silepse de gênero, silepse de pessoa, silepse de pessoa.
D) silepse de gênero, silepse de pessoa, silepse de número.
E) silepse de número, silepse de pessoa, silepse de gênero.

12. (FUVEST) A figura de linguagem empregada nos versos em destaque é:

“Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável)
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!”

A) clímax
B) eufemismo
C) sínquise
D) catacrese
E) pleonasmo

13. (FUVEST) Identifique a figura de linguagem empregada nos versos destacados:

“No tempo de meu Pai, sob estes galhos,
Como uma vela fúnebre de cera,
Chorei bilhões de vezes com a canseira
De inexorabilíssimos trabalhos!”

A) antítese
B) anacoluto
C) hipérbole
D) litotes
E) paragoge

14. (Mack) Nos versos abaixo, uma figura se ergue graças co conflito de duas visões antagônicas:

“Saio do hotel com quatro olhos,
- Dois do presente,
- Dois do passado.”

Esta figura de linguagem recebe o nome de:

A) metonímia
B) catacrese
C) hipérbole
D) antítese
E) hipérbato

15. (Cesesp – PE) Leia atentamente os períodos:

Vários de nós ficamos surpresos.
Essa gente está furiosa e com medo; por consequência, capazes de tudo.
Tua mãe, não há idade nem desgraça que lhe transforme o sorriso.
Entre elas, alguém estava envergonhada.
Os períodos aça contêm, respectiva e sucessivamente, as seguintes figuras de sintaxe:

A) Silepse de pessoa, silepse de gênero, anacoluto, silepse de número.
B) Anacoluto, anacoluto, anacoluto, silepse de número.
C) Silepse de número, silepse de pessoa, anacoluto, anacoluto.
D) Silepse de pessoa, silepse de número, anacoluto, silepse de gênero.
E) Silepse de pessoa, anacoluto, silepse de gênero, anacoluto.

16. (Maringá) Leia os versos e depois assinale a alternativa correta:

“Amo do nauta o doloroso grito
Em frágil prancha sobre o mar de horrores,
Porque meu seio se tornou pedra,
Porque minh’alma descorou de dores.” (Fagundes Varela)

No primeiro verso, há uma figura que se traduz por:

A) pleonasmo
B) hipérbato
C) gradação
D) anacoluto
E) anáfora

17. (FAU-Santos) Nos versos: “Bomba atômica que aterra
Pomba atônita da paz
Pomba tonta, bomba atômica...”

A repetição de determinados elemento fônicos é um recurso estilístico denominado:

A) hiperbibasmo
B) sinédoque
C) metonímia
D) aliteração
E) metáfora

18. (U. Taubaté) No sintagma: “Uma palavra branca e fria”, encontramos a figura denominada:

A) sinestesia
B) eufemismo
C) onomatopéia
D) antonomásia
E) catacrese

19. (FMU) Quando você  afirma que enterrou “no dedo um alfinete”, que embarcou “no trem” e que serrou “os pés da mesa”, recorre a um tipo de figura de linguagem denominada:

A) metonímia
B) antítese
C) paródia
D) alegoria
E) catacrese

20. (ADVISE) No enunciado: “Virgílio, traga-me uma coca cola bem gelada!”, registra-se uma figura de linguagem denominada:

A) anáfora
B) personificação
C) antítese
D) catacrese
E) metonímia

21. (ANHEMBI)
“A novidade veio dar à praia
na qualidade rara de sereia
metade um busto de uma deusa maia
metade um grande rabo de baleia
a novidade era o máximo
do paradoxo estendido na areia
alguns a desejar seus beijos de deusa
outros a desejar seu rabo pra ceia
oh, mundo tão desigual
tudo tão desigual
de um lado este carnaval
do outro a fome total
e a novidade que seria um sonho
milagre risonho da sereia
virava um pesadelo tão medonho
ali naquela praia, ali na areia
a novidade era a guerra
entre o feliz poeta e o esfomeado
estraçalhando uma sereia bonita
despedaçando o sonho pra cada lado”
(Gilberto Gil – A Novidade)
Assinale a alternativa que ilustra a figura de linguagem destacada no texto:
a) “A novidade veio dar à praia/na qualidade rara de sereia”
b) “A novidade que seria um sonho/o milagre risonho da sereia/virava um pesadelo tão medonho”
c) “A novidade era a guerra/entre o feliz poeta e o esfomeado”
d) “Metade o busto de uma deusa maia/metade um grande rabo de baleia”
e) “A novidade era o máximo/do paradoxo estendido na areia”

22. (FATEC) "Seus óculos eram imperiosos." Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima:

a) "As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes."
b) "Nasci na sala do 3° ano."
c) "O bonde passa cheio de pernas."
d) "O meu amor, paralisado, pula."
e) "Não serei o poeta de um mundo caduco."

23. (VUNESP) Na frase: "O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô", encontramos a
figura de linguagem chamada:

a) silepse de pessoa
b) elipse
c) anacoluto
d) hipérbole
e) silepse de número

24. Na expressão: “Faz dois anos que ele entregou a alma a Deus.” a figura de linguagem presente é:
a) pleonasmo
b) comparação
c) eufemismo 
d) hipérbole
e) anáfora

25.  (Mackenzie)
- "Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal!" 
Há, nesses versos, uma convergência de recursos expressivos, que se realizam por meio de:
I - metonímia;
II - pleonasmo;
III - apóstrofe;
IV - personificação.

Quanto às especificações anteriores, diz-se que:
a) todas estão corretas. 
b) nenhuma está correta. 
c) apenas I , II e III estão corretas. 
d) apenas III e IV estão corretas. 
e) apenas I está incorreta. 

26. (Marília) - Na expressão: "Eles têm poder; nós, dinheiro", a figura de construção empregada é:
a) anástrofe 
b) elipse 
c) zeugma 
d) anacoluto 
e) hipérbole 

27. (Fau – Santos) Nos versos:
“Bomba atômica que aterra
Pomba atômica da paz
Pomba tonta, bomba atômica...”
A repetição de determinados elementos fônicos é um recurso estilístico denominado:
a) hiperbibasmo
b) sinédoque
c) metonímia
d) aliteração
e) metáfora 

28. (Aman) Há uma evidente onomatopéia em: 
a) "Os dois bois tafulham as munhecas, com cloques sonoros." 
b) "E Soronho ri, com estrépito e satisfação." 
c) "... um tremembé atapeado de alvas florinhas de bem-casados e de longos botões fusiformes de lírios." 
d) "Vam'bora, lerdeza! Tu é bobo o mole; tu é boi?!..." 
e) "De éis, Buscapé, e depois Namorado, acabaram." 

29.  (Un. Fe. Uberlândia) Cada frase abaixo possui uma figura de linguagem. Assinale aquela que não está classificada corretamente: 
a) O céu vai se tornando roxo e a cidade aos poucos agoniza. (prosopopéia)
b) "E ele riu frouxamente um riso sem alegria". (pleonasmo)
c) Peço-lhe mil desculpas pelo que aconteceu. (metáfora) 
d) "Toda vida se tece de mil mortes." (antítese) 
e) Ele entregou hoje a alma a Deus. (eufemismo). 

30. (UFPB)
 I."À custa de muitos trabalhos, de muitas fadigas, e sobretudo de muita paciência..." 
II."... se se queria que estivesse sério, desatava a rir..." 
III."... parece que uma mola oculta o impelia..." 
IV."... e isto (...) dava em resultado a mais refinada má-criação que se pode imaginar." 

Quanto às figuras de linguagem, há neles, respectivamente,

a) gradação, antítese, comparação e hipérbole.
b) hipérbole, paradoxo, metáfora e gradação.
c) hipérbole, antítese, comparação e paradoxo.
d) gradação, antítese, metáfora e hipérbole.
e) gradação, paradoxo, comparação e hipérbole.

31.  (FEI) Assinalar a alternativa correta, com relação as figuras de linguagem, presentes nos fragmentos a seguir:
I. “Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste.”
II. “A moral legisla para o homem; o direito, para o cidadão.”
III. “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam.”
IV. “Isaac a vinte passos, divisando a vulto de um, pára, ergue a mão em viseira, firma os olhos.”

a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma

32. (UFPE) Nos enunciados abaixo, a palavra destacada NÃO tem sentido conotativo em:

a) A comissão técnica está dissolvida. Do goleiro ao ponta-esquerda.
b) Indispensável à boa forma, o exercício físico detona músculos e ossos, se mal praticado.
c) O melhor tenista brasileiro perde o jogo, a cabeça e o prestígio em Roland Garros.
d) Sob a mira da Justiça, os sorteios via 0900 engordam o caixa das principais emissoras.
e) Alta nos juros atropela sonhos da classe média.

33. (FUVEST) A catacrese, figura que se observa na frase "Montou o cavalo no burro bravo", ocorre em: 
a) Os tempos mudaram, no devagar depressa do tempo. 
b) Última flor do Lácio, inculta e bela, és a um tempo esplendor e sepultura. 
c) Amanheceu, a luz tem cheiro 
d) Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal.
e) Apressadamente, todos embarcaram no trem. 

34. (VUNESP) Assinale a alternativa em que está caracterizada a figura de sintaxe denominada pleonasmo.

 a) Esperamos, sinceramente, você compreenda nossos motivos.
 b) Dizem que os brasileiros autênticos somos loucos por futebol.
 c) Ao povo, nada lhe dão que não seja seguido de novos impostos.
 d) Ele que era forte e corajoso, ei-lo fraco e covarde.
 e) Informaram que Sua Santidade continua adoentado.

35. (FUNCAB - Técnico de Administração) O fragmento transcrito que possui um exemplo de onomatopeia é:

 a) “– É mesmo? – respondeu ele. – PentiumII?”
 b) “Mas tudo durou pouco, porque um certo escritor amigo meu me telefonou.”
 c) “–Clic – fiz eu do outro lado.”
 d) “– E como você fica aí, dando risada?”
 e) “Bobagem, como logo se veria.”

36. (FUNCAB - Médico Legista - ES) As figuras de linguagem são usadas como recursos estilísticos para dar maior valor expressivo à linguagem. 

No seguinte trecho “Tu és a chuva e eu sou a terra [...]” predomina a figura, denominada:

 a) onomatopeia.
 b) hipérbole.
 c) metáfora.
 d) catacrese.
 e) sinestesia.

37.  (VUNESP - PM-SP) Em – Mas há as ficções benignas, como as que saíram dos pincéis de um Goya ou da pena de um Cervantes... –, a figura de linguagem empregada no termo destacado é

 a) metonímia.
 b) ambiguidade.
 c) antítese.
 d) anáfora.
 e) hipérbole.

38. (FUVEST) A catacrese, figura que se observa na frase “Montou o cavalo no burro bravo”, ocorre em:

a) Os tempos mudaram, no devagar depressa do tempo.
b) Última flor do Lácio, inculta e bela, és a um tempo esplendor e sepultura.
c) Apressadamente, todos embarcaram no trem.
d) Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal.
e) Amanheceu, a luz tem cheiro.

39.  (UFPA) Tecendo a manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
(MELO, João Cabral de. In: Poesias Completas. Rio de Janeiro, José Olympio, 1979)
Nos versos:

“E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo…”
tem-se exemplo de

a) eufemismo
b) antítese
c) aliteração
d) silepse
e) sinestesia.

40. (UFSCAR-SP) Para responder a esta questão, leia os versos:


E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

Mudaram as estações

Nada mudou.

É notória a oposição de ideias nos versos, o que significa que neles se encontra como principal figura de linguagem  a:

a) metáfora
b) antítese
c) sinestesia
d) metonímia
e) catacrese

41. (UERJ) A construção poética do discurso baseia-se frequentemente na utilização de figuras de linguagem,como a metonímia. O poeta recorreu a esta figura em:
a) “Ah, os rostos sentados”
b) “Os retratos em cor, na parede,”
c) “que exerceram (…) o manso ofício”
d) “de fazer esperar com esperança.”

42. (UERJ) “Mas, recusando o colóquio, desintegrou-se no ar constelado de problemas.” O estranhamento provocado no verso sublinhado constitui um caso de:
a) pleonasmo
b) metonímia
c) hipérbole
d) metáfora

43. (UERJ) Figuras de linguagem – por meio dos mais diferentes mecanismos – ampliam o significado de palavras e expressões, conferindo novos sentidos ao texto em que são usadas. A alternativa que apresenta uma figura de linguagem construída a partir da equivalência entre um todo e uma de suas partes é:
a) “que um homem e uma mulher ali estejam, pálidos, se movendo na penumbra como dentro de um sonho?”
b) “Entretanto a cidade, que durante uns dois ou três dias parecia nos haver esquecido, voltava subitamente a atacar.”
c) “batia com os nós dos dedos, cada vez mais forte, como se tivesse certeza de que havia alguém lá dentro.”
d) “Mas naquela manhã ela se sentiu tonta, e senti também minha fraqueza;”

44. (UERJ) O processo de personificação é um recurso utilizado no texto para humanizar a narrativa e cativar o leitor. Um exemplo de personificação aparece no seguinte fragmento:
a) “Passar cinqüenta anos sem poder falar sua língua com alguém é um exílio agudo dentro do silêncio.”
b) “E como as folhas não falavam, punha-se a ler em voz alta, fingindo ouvir na própria voz a voz do outro,”
c) “Cinqüenta anos olhando as planuras dos pampas, acostumado já às carnes generosas dos churrascos
conversados em espanhol”
d) “Era agora um homem inteiro. Tinha, enfim, nos lábios toda a canção.”

46.  (Inatel) Reconheça e classifique as figuras de palavras, de construção e de pensamento:

(   ) “Quando uma lousa cai sobre um cadáver mudo”.
(   ) “Terrível hemorragia de sangue”.
(   ) “Das idades através”.
(   ) “Oxalá tenham razão”.
(   ) “Trejeita, e canta, e ri nervosamente”.
(1) Polissíndeto
(2) Hipérbato
(3) Epíteto
(4) Pleonasmo
(5) Elipse
A sequência que corresponde à resposta correta é:

a)  4,3,5,2,1
b)  3,4,2,1,5
c)  3,4,2,5,1
d)  3,4,5,2,1

47. (Cescea) Identifique os recursos estilísticos empregados no texto:

“Nem tudo tinham os antigos, nem tudo temos, os modernos”. (Machado de Assis)

a)  anáfora – antítese – silepse
b)  metáfora – antítese – elipse
c)  anástrofe – antítese – zeugma
d)  pleonasmo – antítese – silepse
e)  anástrofe – comparação – parábola.

48. (FUVEST) A figura de linguagem empregada nos versos em destaque é:

“Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável)
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!”

a)  clímax
b)  eufemismo
c)  sínquise
d)  catacrese
e)  pleonasmo.

49.  (Mack) Nos versos abaixo, uma figura se ergue graças co conflito de duas visões antagônicas:

“Saio do hotel com quatro olhos,
- Dois do presente,
- Dois do passado.”

Esta figura de linguagem recebe o nome de:

a)  metonímia
b)  catacrese
c)  hipérbole
d)  antítese
e)  hipérbato

50. (CESGRANRIO) Na frase "O fio da idéia cresceu, engrossou e partiu-se" ocorre processo de gradação. Não há gradação em:

a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.

GABARITO
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