História e cultura africana e afro-brasileira 1º ANO
OBS.: A PROVA SERÁ ELABORADA DE ACORDO COM AS INFORMAÇÕES ABAIXO.
Leia atentamente o texto. "A capoeira - reprimida pela polícia do final do século passado e incluída como crime no Código Penal de 1890 - é oficializada como modalidade esportiva nacional em 1937. Também o samba passou da repressão à exaltação, de dança de preto a canção brasileira para exportação. Definido na época como uma dança que fundia elementos diversos, nos anos 30 o samba sai da marginalidade e ganha as ruas, enquanto as escolas de samba e desfiles passam a ser oficialmente subvencionados a partir de 1935." (SCHWARCZ, Lilia M. "Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na intimidade." ln: NOVAES, Fernando A. (org.) "História da Vida Privada no Brasil. Contrastes da Intimidade Contemporânea. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 196.) Sobre as formas de integração das manifestações culturais negras no Brasil, é correto afirmar que os elementos da cultura negra no Brasil são, a partir da década de 1930, incorporados à cultura nacional, perdendo grande parte de suas características originais.
Considere os trechos do samba-enredo
da Escola de Samba Mangueira, do Carnaval de 2000, no Rio de Janeiro. Axé, mãe
África / De onde herdei o sangue azul da realeza / Sou guerreiro de Oyó (...)
No Rio de lá / Luxo e riqueza / No Rio de cá / Lixo e pobreza (...) Desejei
liberdade / 500 anos Brasil / E a raça negra não viu / O clarão da igualdade /
Fazer o negro respirar felicidade / Sonho ou realidade / Uma dádiva do céu (do
céu, do céu) / Vi o morro da Mangueira / Sambar de porta-bandeira / A princesa
Isabel (Autores do Samba: Marcelo D Aguiã, Bizuca, Gilson Bermini e Valter
Veneno - Adaptado) Os versos do samba-enredo da Mangueira podem ser
interpretados como uma crítica às estruturas políticas e sociais do
Brasil porque continuam segregando extensos setores da população por critérios
raciais.
A Lei 10.639, de 9 de janeiro de
2003, inclui no currículo dos estabelecimentos de ensino fundamental e médio,
oficiais e particulares, a obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura
Afro-Brasileira e determina que o conteúdo programático incluirá o estudo da
História da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura
negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a
contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à
História do Brasil, além de instituir, no calendário escolar, o dia 20 de
novembro como data comemorativa do “Dia da Consciência Negra”. impulsiona
o reconhecimento da pluralidade étnicoracial do país.
(Enem 2012)Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, muito antes dos europeus, foram os próprios africanos trazidos como escravos. E esta descoberta não se restringia apenas ao reino linguístico, estendia-se também a outras areas culturais, inclusive a da região. Ha razões para pensar que os africanos, quando misturados e transportados ao Brasil, não demoraram em perceber a existência entre si de elos culturais mais profundos.
SLENES,R. Malungu, ngoma,vem! África coberta e descoberta do Brasil.
Revista USP,n. 12, dez/jan/fev. 1991-92 (adaptado)
Com base no texto, ao favorecer o contato de individuos de diferentes partes da África, a experiência da escravidão no Brasil tomou possivel a formação de uma identidade cultural afro-brasileira.
(Enem 2012)Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, muito antes dos europeus, foram os próprios africanos trazidos como escravos. E esta descoberta não se restringia apenas ao reino linguístico, estendia-se também a outras areas culturais, inclusive a da região. Ha razões para pensar que os africanos, quando misturados e transportados ao Brasil, não demoraram em perceber a existência entre si de elos culturais mais profundos.
SLENES,R. Malungu, ngoma,vem! África coberta e descoberta do Brasil.
Revista USP,n. 12, dez/jan/fev. 1991-92 (adaptado)
Com base no texto, ao favorecer o contato de individuos de diferentes partes da África, a experiência da escravidão no Brasil tomou possivel a formação de uma identidade cultural afro-brasileira.
A respeito da independência do
Brasil, pode-se afirmar que implicou na adoção da forma monárquica de governo e
preservou os interesses básicos dos proprietários de terras e de escravos.
As Leis Abolicionistas, a partir de
1850, podem ser consideradas como o nível político da crise geral da escravidão
no Brasil, porque as sucessivas leis
emancipacionistas foram paralelas à progressiva substituição do trabalho
escravo por homens livres.
Em 1694, uma expedição chefiada pelo
bandeirante Domingos Jorge Velho foi encarregada pelo governo metropolitano de
destruir o quilombo de Palmares. Isto se deu porque o quilombo desestabilizava
o grande contingente escravo existente no Nordeste, ameaçando a continuidade da
produção açucareira e da dominação colonial.
Nas atas dos debates parlamentares e
nos jornais brasileiros da década de 1850, encontram-se muitas referências,
positivas ou negativas, à Inglaterra. Estas últimas, em geral, devem-se à
irritação provocada em setores da sociedade brasileira por pressões exercidas
pelo governo inglês para a extinção do tráfico de escravos, tendo seus
objetivos sido alcançados em 1850.
Durante o Período Colonial
brasileiro, a mão-de-obra do negro africano substituiu, progressivamente, a
indígena. Isso se deveu aos interesses
dos traficantes negreiros e de Portugal neste ramo de comércio colonial,
altamente lucrativo.
Durante o século XVII podem ser
observadas as primeiras reações contra o domínio colonial, entre as quais temos
"Quilombo dos Palmares" que
simboliza as diversas formas de reações dos escravos à sua condição.
"O negro não só é o trabalhador
dos campos, mas também o mecânico, não só racha a lenha e vai buscar água, mas
também, com a habilidade de suas mãos, contribui para fabricar os luxos da vida
civilizada. O brasileiro usa-o em todas as ocasiões e de todos os modos
possíveis..." (Thomaz Nelson - 1846) Com relação à utilização do trabalho
escravo na economia brasileira do século XIX, é correto afirmar a utilização de
ferramentas e máquinas foi muito restrita na sociedade escravista; com isso, o
escravo negro foi o elemento principal de toda a atividade produtiva colonial.
A chamada "sociedade
patriarcal", característica do Brasil Colonial, assentava-se em dois
elementos essenciais, que eram senhores e escravos;
O movimento político organizado na
Bahia em 1789 incluía em seu bojo e na sua liderança mulatos e negros livres ou
libertos, ligados às profissões urbanas, como artesãos ou soldados, bem como
alguns escravos. "Os conspiradores defendiam a proclamação da República, o
fim da escravidão, o livre comércio especialmente com a França, o aumento do
salário dos militares, a punição de padres contrários à liberdade. O movimento
não chegou a se concretizar, a não ser pelo lançamento de alguns panfletos e
várias articulações. Após uma tentativa de se obter o apoio do governador da
Bahia, começaram as prisões e delações. Quatro dos principais acusados foram
enforcados e esquartejados. Outros receberam penas de prisão ou
banimento." O texto anterior refere-se à Conjuração dos Alfaiates.
O tráfico negreiro paralisou o
crescimento da população na África. No século XVII, a população africana
equivalia à da Europa e representava um quinto da população do globo. No século
XX, representava menos da décima terceira parte da população mundial, segundo
Maurice Halbwachs. Através do tráfico, o Brasil recebeu grandes contingentes de
escravos africanos, que se distribuíram, no território, da seguinte forma os
maiores contingentes de escravos africanos vieram para as áreas produtoras de
açúcar, posteriormente para a região das minas e, só mais tarde para São Paulo,
na produção de café;
Houve em Minas Gerais, de 1720 a
1760, um Quilombo tão importante quanto o de Palmares. Era formado por mulatos,
negros livres e, negros fugitivos, que, sendo rejeitados nas vilas dos brancos,
saíram a desbravar o sertão e a fundar vilarejos em locais onde se descobria o
ouro. Os proprietários de terras e escravos investiam, contra essas comunidades
negras para tornar-lhes o ouro e as vilas, sob o pretexto de serem todos negros
fugitivos. Esse episódio se refere ao Quilombo de Campo Grande, liderado pelo Rei
Ambrósio.
O tráfico de negros escravos para o
Brasil Colônia representou certa
lucratividade para a Metrópole portuguesa, favorecendo a acumulação de
capitais.
O Quilombo dos Palmares passou para a
história como símbolo da resistência negra, sediado na Serra da Barriga, no
atual Estado de Alagoas. Esta experiência existiu porque as invasões holandesas permitiram a fuga dos
escravos negros porque desorganizavam as fazendas, nos primeiros tempos.
O epíteto "Terra da Luz"
foi atribuído ao Ceará por ter sido a primeira província brasileira a abolir
oficialmente a escravidão. Sobre este episódio tão marcante para a História do
Ceará, assinale a alternativa correta na
década de 1880, o número de escravos já era muito reduzido, fato agravado pela
seca de 1877, quando as fugas e as alforrias foram intensificadas
"Angola, Congo, Benguela
Monjolo, Cabinda, Mina Quiloa, Rebolo" (Jorge Ben, África/Brasil-Zumbi) O
texto refere-se a grupos africanos
escravizados e trazidos para o Brasil durante a colonização.
" ... se dantes a servidão
corrompia o homem livre, agora é a liberdade que corrompe o escravo..." A
partir do texto pode-se afirmar que, no Brasil, a presença do trabalhador
livre, quando deixou de ser exceção, tornou-se forte elemento de dissolução do
sistema escravista.
A respeito da escravidão no Brasil, é
correto afirmar que a abolição, ao eliminar a propriedade escrava, retirou o
maior entrave econômico e jurídico para a formação do mercado de trabalho
assalariado, indispensável à consolidação das relações de produção capitalista
no Brasil.
O Bill Aberdeen, aprovado na
Inglaterra em 1845, estabelecia a prisão de navios negreiros pela marinha
inglesa, sendo os traficantes de escravos julgados pelas leis inglesas. Em
relação ao Brasil, o Bill Aberdeen foi a
reação inglesa contra a Tarifa Alves Branco;
A Lei do Sexagenário, foi considerada
uma "Gargalhada Nacional" porque tornava livre os escravos com mais
de 65 anos, mas a expectativa de vida entre os escravos era de 30 anos;
Neste ano de 1996, comemoraram-se os
300 anos da morte de Zumbi, o líder maior do Quilombo de Palmares. Segundo as
historiadoras Elza Nadai e Joana Neves, "o século XVI foi marcado por uma guerra
sem tréguas aos quilombos de Palmares". Sobre a resistência negra à
escravidão no Brasil, é correto afirmar que além das revoltas e dos quilombos,
os escravos cometiam assassinatos, crimes, suicídios, mutilações e outras
formas de resistir à condição de escravo
Sobre a estrutura social e econômica
dos engenhos coloniais no Brasil, marque a opção certa os engenhos mantinham uma divisão do trabalho
muito desenvolvida, com escravos realizando tarefas simples e homens livres
realizando atividades que exigiam maior conhecimento técnico
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